A gestão democrática na escola refere-se a um modelo de administração que promove a participação de todos os membros da comunidade escolar nas decisões e processos relacionados à escola. Isso inclui professores, estudantes, pais, funcionários e outros envolvidos na comunidade educacional.
Neste post, explicaremos como ela funciona, seus pilares e como implementá-la em uma escola. Acompanhe!
A gestão democrática na escola é um modelo no qual a administração de uma instituição de ensino é conduzida por meio da participação ativa de toda comunidade escolar. Isso envolve, além de gestores e coordenadores, os docentes, funcionários, estudantes, famílias e demais pessoas impactadas pela escola em questão.
Esse formato determina que todos podem e devem contribuir para a elaboração do Projeto Político Pedagógico e outras decisões importantes tomadas pela instituição.
Esse formato surgiu com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Art.3º. Inciso VIII) e da Constituição Federal (Art. 206. inciso VI), que ressaltam a importância da participação da comunidade na construção da escola e no processo de ensino e aprendizagem.
Essas legislações são essenciais para fortalecer a ideia de que a educação é um direito de todos; daí a relevância da representatividade e da constituição coletiva nas instituições.
A gestão democrática na escola está centrada na ideia de aproximar a instituição das famílias e da sociedade a fim de promover um ensino de mais qualidade e focado na formação de cidadãos protagonistas e conscientes.
Logo, para que a educação seja realmente inclusiva e acessível para todos, é fundamental que a escola considere o contexto e realidade de sua comunidade.
Os princípios-chave da gestão democrática na escola incluem:
A implementação da gestão democrática escolar pode variar em diferentes sistemas educacionais e culturais, mas, em geral, ela visa criar um ambiente inclusivo, participativo e responsivo às necessidades de todos os envolvidos.
Isso não apenas fortalece a qualidade da educação, mas também promove um senso de pertencimento e responsabilidade compartilhada entre os membros da comunidade escolar.
A importância desse tema certamente aponta para que esse modelo oferece a oportunidade para que todos tenham voz ativa nas decisões e acontecimentos da instituição de ensino.
Sendo assim, a gestão democrática escolar valoriza a participação e, com isso, estimula o engajamento de funcionários, famílias e demais pessoas ligadas à comunidade.
Esse processo é muito importante para construção de um ambiente acadêmico diverso, inclusivo, respeitoso, significativo, acolhedor, que estimula vínculos humanizados e sólidos.
A gestão democrática escolar é baseada em uma estrutura administrativa dividida em instâncias que representam diferentes atores da comunidade, a fim de favorecer a participação de todos. Veja como isso funciona na prática.
A equipe gestora é formada por funcionários administrativos que trabalham na elaboração e coordenação de planos de ação e do Projeto Político Pedagógico em associação com os demais segmentos.
O conselho escolar é formado por pessoas de dentro ou fora da escola interessados em participar das tomadas de decisão. Sua função é deliberativa e fiscalizadora, ou seja, os assuntos são trazidos para o console e debatidos de modo que seus membros possam pensar, democraticamente, na melhor forma de implementar ações.
Trata-se de uma organização entre pais e docentes que visa representar esses atores e integrar esses membros da comunidade.
O grêmio estudantil tem o objetivo de representar os estudantes e seus interesses. Isso é feito por meio de propostas relacionadas a melhorias, atividades, processos, etc. que são elaboradas e levadas à gestão ou ao conselho.
Cada turma escolhe um grupo de representantes que vão, juntamente com o grêmio, levantar propostas que representem as necessidades de uma determinada classe de alunos.
Esse conselho é composto por docentes, coordenadores, profissionais como psicólogos e pedagogos e pais ou responsáveis a fim de deliberar sobre questões do processo de ensino e aprendizagem.
No conselho de classe, são analisados temas como métodos de avaliação, acompanhamento do desempenho dos alunos, entre outros, visando, coletivamente, pensar em ações para melhorar a educação.
O papel do gestor na escola democrática é atuar como mediador e facilitador em um modelo administrativo no qual existe diálogo e coletividade.
Portanto, ainda caberá ao gestor criar, planejar e delegar funções na escola, mas esse profissional não precisa fazer isso sozinho. Ele pode contar com o suporte da comunidade escolar para validar suas ideias, coletar novos caminhos e realizar uma gestão mais plural e inclusiva.
Conheça, a seguir, alguns aspectos importantes para implementar uma gestão democrática escolar com sucesso.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento elaborado para guiar as iniciativas da escola; por isso, é importante que ele seja revisado para propiciar a construção coletiva.
Promova uma grande assembleia no qual todos possam participar e remodelar o documento de forma que ele seja um norte para os próximos passos.
Ouvir respeitosamente e acolher a opinião de todos são práticas que precisam fazer parte da cultura da escola para uma gestão verdadeiramente democrática. Estar disponível e aberto ao diálogo são atitudes que precisam ser encorajadas por todos os profissionais e participantes.
Além das instâncias que fazem parte da estrutura da gestão democrática escolar, vale a pena que diferentes grupos da comunidade sejam representados e tenham espaço para elaborar suas demandas.
Nesse sentido, algumas comissões podem ser criadas para aprofundar temas e debater assuntos importantes como diversidade, acessibilidade, antirracismo, inclusão, etc.
O papel do gestor nessa configuração é estratégico e mediador. A visão desse modelo administrativo não combina com uma prática centralizadora, logo, é importante saber delegar funções e incluir o ponto de vista e perspectiva dos outros nas decisões cruciais da instituição. Nesse sentido, tanto a gestão escolar quanto a gestão pedagógica podem ser nemeficiadas.
Um pilar imprescindível na gestão democrática escolar é a transparência. A gestão precisa cultivar o hábito de compartilhar dados, resultados, contas e outras informações sobre processos e ações.
É fundamental também criar mecanismos que possibilitem que as pessoas possam acompanhar o andamento das ações e os próximos passos continuamente.
Uma palavra-chave importante para uma gestão democrática é a consistência e permanência. Por isso, é importante registrar, adotar métricas e monitorar resultados de perto, mas fazer isso coletivamente.
Dessa forma, é possível avaliar se a escola está atingindo suas metas e cumprindo os planos no PPP e o que precisa ser ajustado. Esse processo favorece, inclusive, a cultura da autoavaliação. Uma vez que a gestão é democrática e rodo são em parte responsáveis, cada um tem a chance de refletir sobre seu papel e o que pode fazer para melhorar o andamento da escola.
A gestão democrática escolar é um formato que oferece vários benefícios e apresenta, inclusive, uma excelente lição e oportunidade de aprendizagem para os alunos sobre coletividade e corresponsabilidade. Aposte nesse modelo para exercer uma gestão mais visionária, inovadora e plural.
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