Conflitos são inevitáveis em qualquer ambiente social, especialmente em ambientes com um contexto tão dinâmico e diverso como a escola. No entanto, lidar com as divergências e desentendimentos entre os estudantes é essencial para garantir um ambiente saudável e promover o desenvolvimento emocional e social dos alunos.
Nesse sentido, a mediação de conflitos surge como uma estratégia eficaz para resolver problemas de forma pacífica e construtiva. Sendo assim, é uma abordagem importante desde os primeiros anos até o ambiente acadêmico que deve estar presente desde as pequenas divergências.
No artigo de hoje vamos falar um pouco da importância de difundir a cultura da paz e a resolução de embates no campo educacional com base na mediação de conflitos. Continue a leitura e acompanhe conosco como a sua instituição pode se tornar um local aberto a conversa. Confira!
O que é a mediação de conflitos na escola?
A mediação de conflitos na escola é um processo educativo no qual um mediador auxilia e incentiva os alunos a buscarem a resolução de um conflito de forma harmônica. Na escola, essa abordagem é valiosa, pois promove o diálogo, a compreensão mútua e o desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas entre os estudantes.
Contudo, a mediação de conflitos no contexto escolar não se reduz apenas à resolução objetiva de situações de indisciplina, intolerância ou violência. Pelo contrário, essa abordagem serve como uma ferramenta para o desenvolvimento de uma cultura de paz capaz de transformar o ambiente e o comportamento dos alunos.
Qual a finalidade da mediação de conflitos na escola?
A finalidade da mediação de conflitos na escola é a construção de uma atmosfera de cooperação, em que os alunos tornam-se efetivamente parte de uma comunidade e devem contribuir para que o ambiente seja pacífico e democrático.
Contudo, esse trabalho não se resume apenas à resolução de conflitos e os objetivos da prática podem ser expandidos, sendo possível diminuir tensões e hostilidades, melhorando o clima na sala de aula e a relação entre educadores e educandos.
O desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de solucionar problemas também é um ponto importante a ser destacado. A participação dos alunos possibilita que o espírito de liderança seja despertado, além da autoestima e habilidades em comunicação, características importantes para a vida profissional e adulta.
Como funciona a mediação de conflitos escolares na prática?
Atualmente, existem vários estudos sobre a mediação de conflitos escolares no Brasil e no mundo. Baseado nisso, podemos dividir o seu funcionamento prático em 5 diferentes categorias.
Modelo aluno ajudante
Esse modelo capacita os alunos para serem mediadores, garantindo o treinamento para desenvolver as habilidades de comunicação necessárias para a resolução de conflitos.
Isso é de grande valia para os conflitos com menor grau de gravidade, em que os alunos maiores ou mais velhos ajudam os menores, ou mais novos.
Se dá quando a escola cria uma rede de mediadores com a participação de profissionais externos como psicólogos, psicopedagogos ou outros especialistas no assunto.
Modelo professores-alunos
Aqui, são os profissionais da instituição que recebem capacitação para que possam atuar como mediadores — geralmente os professores.
Programa de Competência Social
Baseado em um programa europeu, desenvolve a inteligência emocional dos alunos, com o objetivo de melhorar a convivência e diminuir os conflitos ao favorecer as relações interpessoais dentro e fora do ambiente escolar ou acadêmico.
Círculos Restaurativos
Também chamados de Justiça Restaurativa, são encontros destinados a toda a comunidade envolvida na aprendizagem dos alunos, como pais e professores.
Essas rodas de conversa abrem discussões sobre os principais problemas da instituição e, por meio do diálogo, buscam soluções com a participação de todos.
Nesse modelo pode ser praticada uma espécie de escuta de vítimas de bullying, violência e também de seus agressores.
De que maneira a mediação de conflitos na escola pode ser implementada?
Como todo novo projeto a ser implementado, o ideal é que o processo seja feito por etapas. As três principais fases são a de planejamento, execução e depois monitoramento dos resultados.
No planejamento, a instituição deve abrir o diálogo com pais, professores, funcionários, os próprios alunos e a comunidade. Depois, realizar reuniões apenas com o corpo docente e discente para definir qual o modelo de mediação de conflitos escolares será aplicado.
Já a execução exige, em primeiro lugar, que os mediadores sejam definidos e treinados conforme a referência escolhida. Depois, é preciso instalar um centro de mediação e colocar a agenda em funcionamento.
Por fim, como o próprio nome já diz, é necessário monitorar os resultados. Enquetes, atendimentos, formulários, observação, enfim, tudo o que for possível para verificar a eficiência do programa e os benefícios que a instituição adquiriu com a prática.
Porém, fique atento: é necessário considerar os recursos disponíveis antes de definir o modelo que será adotado e traçar os objetivos do programa para fazer a melhor escolha.
Qual a importância do diálogo?
A educação tem o poder de transformar vidas, seja pelo conhecimento adquirido pelos alunos, pelas relações criadas entre professores e estudantes, pelos temas debatidos em sala de aula, pelo estudo da história ou pela convivência.
Considera-se a escola como o primeiro espaço de socialização dos seres humanos e é nela que as pessoas começam a compartilhar experiências, a empatia e compreender os limites, questões que continuam a serem praticadas e desenvolvidas na faculdade.
A mediação de conflitos escolares aparece como uma ferramenta para promover o diálogo e resolução de desentendimentos dentro de uma instituição escolar ou acadêmica.
O instrumento é importante para que a convivência no ambiente educacional seja tranquila e isso se reflita nas famílias e em toda a comunidade envolvida com essas instituições e seus estudantes.
O diálogo tem um papel fundamental no combate a violência e ao bullying, na diminuição da hostilidade no tratamento humano e, quando está presente na escola, pode prevenir atos infracionais de baixa gravidade, a indisciplina e conflitos com a comunidade externa.
Por que eu devo acreditar na mediação de conflitos na escola?
A mediação de conflitos escolares não deixa de ter um caráter pedagógico e beneficia mais que os alunos: promove o crescimento interno dos professores que inevitavelmente melhoram a sua capacidade de compreensão e aprendem a agir de forma persuasiva sobre os indivíduos mais agitados.
Os pais também são diretamente impactados, uma vez que podem aprender com os filhos a serem mais calmos e tolerantes. As vantagens acontecem em uma esfera global, em que todos os envolvidos com esses estudantes passam a ser atingidos pela sua postura serena e que defende a construção de um diálogo antes de ter reações extremas.
A mediação de conflitos escolares é uma prática importante para firmar a cultura de paz, diminuição da violência e na administração de problemas de forma pacífica, mas também contribui para o futuro daqueles que têm oportunidade de conviver em um ambiente que faz uso dessas ferramentas.
Não perca mais tempo e adote essa cultura agora mesmo. Se ficou alguma dúvida, deixe seu comentário, teremos prazer em dialogar antes que você inicie o planejamento. Até breve!
Aproveite e baixe gratuitamente o infográfico: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA ESCOLAS E CUSOS.
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